Eu moro num quarto e sala e tenho um corredor mínimo. Não dava para colocar
nada ali. Mas vocês já devem ter percebido que eu acredito no poder dos
cantinhos e que eles também merecem atenção e carinho. Mas e aí, como faz? É só
recorrer ao velho segredo dos ambientes pequenos: investir nas paredes.
Como sou museóloga e pós graduada em fotografia, além de ter feito alguns
cursos de arte, tenho muitos amigos fotógrafos e artistas, tive a ideia de
fazer uma galeria de arte em casa. O corredor se revelou um lugar perfeito,
pois além de ser um lugar “perdido”, fica longe das varandas, ou
seja, recebe menos iluminação natural, o que favorece a durabilidade das obras
(falou a museóloga, rs).
Curioso? Dê um play no vídeo abaixo. Se preferir, pode assistir no youtube
também.
Que mais?
– Certifique-se de que seu estilete esteja bem afiado, para obter melhor acabamento. Falo por experiência própria, porque o meu não estava lá essas coisas.
– Eu usei tecido adesivo para forrar as paredes. Talvez o correto fosse impermeabilizá-lo com cola, mas eu gostei tanto da textura, que preferi deixar assim. É gostoso passar a mão (sabe a beleza do tato? Pois é!).
– O tecido adesivo é da Flok. Eu encomendei os rolos na loja física da Amarelo Factum.
– O tecido adesivo pode ser substituído por tecido comum, contact ou papel de parede.
– Para montar a galeria, coloque os quadros no chão e vá arrumando até chegar a um jeito que te agrade.
– É preferível contar com ajuda. Minha mão amiga foi a Joyce, a mesma que fotografou e filmou parte do processo.
Os artistas
Duda Magalhães: trabalha mais com teatro, mas também fotografa e já expôs.
J. Borges: artista pernambucano nascido na cidade de Bezerros. Começou com a literatura de cordel, e para estampar seus textos, passou a fazer xilogravuras. Aqui fala um pouco sobre ele, mas se jogar o nome no google, você encontra bastante informação.
Quando eu fui a Pernambuco nas férias, peguei autógrafo e tirei foto com essa fofura. Não podia perder a oportunidade, né?
J. Borges e eu, no Memorial J. Borges. Agosto/ 2013. |
Juliana Amado: a foto que vocês viram do chapéu é de minha autoria.
Julio Andrade: fotógrafo que estudou comigo na pós graduação. Não achei o site dele, mas o link do perfil dele no facebook é esse aqui. Se eu conseguir o site depois, atualizo o post.
Mauro Domingues: arquivista que também estudou comigo na pós graduação. Tem uns trabalhos fotográficos muito interessantes, sobretudo em p&b. Também trabalha com digitalização de acervo. Para conhecer mais o trabalho dele, clique aqui.
Ricardo Visentin: fotógrafo, cujo trabalho conheci através da Vivi, do Decorviva. Escolhi a foto que eu queria através de um catálogo, aqui.
Ryanddre Sampaio: museólogo que está estudando artes aplicadas. Tenho um carinho enorme pelo desenho dele, porque foi feito especificamente para mim, no meu primeiro período da faculdade. É um frango com a indumentária do século XVI e tem uma dedicatória linda.
Tomaz Silva: fotógrafo que foi da minha turma da pós. Da mesma forma que o Julio, não consegui o site dele, atualizo o post assim que conseguir.
Willa Wischansky: é minha sobrinha e quando percebi que ela estava tomando gosto por desenhar, dei a ela um livro com técnicas de desenho. E disse que queria um trabalho dela aqui em casa. Ela foi lá e fez. Ok, foi um pedido meu, mas ainda assim, como não amar?
Gostaram?
Qualquer dúvida é só deixar nos comentários que eu respondo com o maior prazer.
8 comentários em “Passo a passo – uma galeria de arte em casa”
Juliana amei o tecido que vc escolheu e a forma como colocou os quadros, eu ja colei tecido com cola branca da mais trabalho, mas vale a pena.
Parabéns pelas suas fotos e pelo vídeo.
bjs
Gélia
Obrigada Gélia!
Eu escolhi o tecido adesivo pela menor probabilidade de dar erro, até porque eu não tenho escada alta para alcançar o teto com facilidade. Mas depois, olhando tutoriais na internet, vi que é possível dar conta com tecido também.
Beijos.
Grande mestre J. Borges. (Sim, sou uma pernambucana bairrista) e tenho xilos do J. Miguel na minha casa (filho do J. Borges)
Não conheço o J. Miguel… acho que não vi nada dele na minha viagem. O filho do J.Borges cujo trabalho conheci foi o Manassés, porque estive na loja dele no pólo moveleiro de Gravatá. Vou dar uma pesquisada na internet. 😉
Beijos.
Adorei, Juliana! música, fotografias, artes, tecido… tudo de bom! Até me animou pra desengavetar meu projeto de filminhos do HomeSweetener 😉
Beijos!
Que bom que você gostou, Erica. Faz filminhos sim, você tem PAPs lindos!
Beijos.
Ju!!! Que invejinha da sua foto com o J. Borges!!!
Também quero…
Amei o vídeo e o revestimento lindo.
Estou tentando montar alguma coisa assim na minha escada, mas até agora, o meu está meio poluído, tenho que entender o porque para consertar…
Beijos
Para ter uma foto com o J. Borges é só você fazer que nem eu e uma amiga fizemos: viajar para Caruaru e dar um pulo em Bezerros. Não é uma viagem que indico para qualquer um, mas você é professora de arte, então, imagino que gostaria bastante.
Eu acho lindo galeria de arte na escada, já vi em algumas inspirações por aí. Já pensou em procurar imagens no Pinterest para te ajudar a descobrir o problema?
Beijos.