Outro dia me deparei com a foto do meu quarto em 2013, neste post aqui, poucos meses antes de eu ter saído de casa para morar sozinha. Levei um susto! Eu não me lembrava direito mais como era meu quarto no início, até porque nunca houve um makeover total. Já comentei por aqui, mas antes de eu me mudar, minha tia morou nesse apartamento, e foi ela quem colocou todo o mobiliário planejado dessa casa, e eu só me adaptei ao que já tinha e customizei os móveis, de forma que ficassem mais com a minha cara.
Mas eu fui fazendo as coisas aos poucos. Eu ainda não tinha o curso de Design de Interiores, então não houve um projeto para tal, um planejamento, como estou fazendo agora, para quando voltar pro apê, em setembro. Num mês, eu tinha uma ideia e executava. No outro mês, eu tinha outra ideia e executava. E no final das contas, apesar do fato de que eu não teria feito o quarto assim, se tivesse pegado o apê do zero, sem o layout já definido; eu fiquei feliz com o resultado, me identifiquei com o quarto, a ponto de ter meio que esquecido de como ele era lá em 2013.
E a maioria das mudanças que eu fiz são simples, feitas nos detalhes, sem envolver quebra-quebra. Eu sempre digo nas minhas redes que os detalhes fazem a diferença. E vou continuar falando, porque fazem mesmo. Detalhe é tudo!
Consegue prestar atenção nas fotos e captar as dicas para dar uma mudada no seu quarto?
FUNCIONALIDADE EM PRIMEIRO LUGAR, SEMPRE
A maior desvantagem de pegar um apartamento com tanto mobiliário embutido é que nem sempre aquela configuração atende às suas necessidades. Então, muitas vezes, ajustes terão que ser feitos. Durante um bom tempo, tentei conviver com o armário aéreo na parede do home office. Confesso que tinha preguiça de mandar tirar e tal. Mas chegou uma hora que não deu mais. Ele era muito dividido por dentro, e não cabia meus livros direito, e aqueles que são maiores, tipo os de design e decor, acabavam tendo que ficar na bancada.
Assim sendo, mandei tirar o armário aéreo e troquei por prateleiras ocupando quase toda a extensão da parede. Alem de ter ganhado espaço para os meus livros, achei que o visual ficou bem mais leve, e com um aspecto de quarto mais arejado.
Essa foi, certamente, a mudança mais dispendiosa desse ambiente. Mas da funcionalidade não devemos abrir mão. Não é uma coisa banal, é algo que deixa o nosso dia a dia mais prático, nos faz render mais. Lembre-se: sua casa tem que trabalhar para você e não o contrário.
Neste post aqui, eu falo mais sobre a mudança feita nessa parede do home office.
DISFARCE AQUILO QUE TE INCOMODA E NÃO TEM COMO OU NÃO VALE A PENA MUDAR
O que mais me incomoda nesse quarto é a quantidade de mobiliário embutido. Parece que tem um quarto no armário e não um armário no quarto. Maior cara de showroom, e eu gosto de casas com cara de casa de verdade. Tenho P-A-V-O-R de casas com cara de catálogo. Mas é aquela coisa… os móveis são de qualidade, tem relativamente poucos anos. Então, até por questões financeiras, preferi aprender a conviver com eles que refazer tudo do zero. Mas disfarcei tudo que me incomodava.
Troquei os puxadores do guarda roupa, da sapateira e até do gaveiteiro do home office. Taquei contact na sapateira e no gaveteiro. Forrei a cabeceira com bordado inglês. Tudo solução simples que fez a diferença.
PENSE EM COMO VOCÊ PODE REALIZAR UM SONHO DECORATIVO, MESMO QUE PAREÇA INALCANÇÁVEL
Eu queria muito ter uma parede de tijolinho. Quando eu era criança tinha uma parede dessa na casa da minha vó, a coisa mais linda. Até que um dia ela mandou cobrir e ganhou uma parede comum. Ficamos arrasados quando ela fez isso, mas né… a casa era dela, então tivemos que guardar isso para nós.
Mas o meu apartamento fica num prédio mais novo, da década de 80, então não adiantava catar tijolinho atrás do reboco. Poderia colocar uns de verdade, como algumas pessoas fazem. Mas aí envolveria um custo maior, poeira… bah, uma trabalheira que eu não estava disposta a enfrentar.
Papel de parede autocolante foi a solução mais econômica e menos trabalhosa que encontrei para ter o que eu queria. É a mesma coisa que um tijolinho de verdade? É claro que não! Mas funcionou, coube no meu bolso, é fácil de limpar. Então está valendo e o sonho foi realizado!
Então, se você sonha com alguma coisa, mas acha que está fora do seu alcance, ao invés de descartá-la, pense em como contornar a questão, busque uma solução mais viável. Sonha com um pendente de cobre, mas não cabe no bolso? Compre um que você possa pagar e pinte com spray cobre. Quer ter Eames, mas compor toda a sala de jantar com elas fica inviável? Então aposte num mix e tenha uma Eames, ao invés de quatro. Sonha com um sofá rosa, mas o que você já tem é cinza e ele está em bom estado? Que tal mandar fazer uma capa ou jogar uma manta rosa por cima?
Pra tudo nessa vida tem solução. Acredite! 😉
TREINE O SEU OLHAR: COISAS PODEM SER DESVIADAS DA SUA FUNÇÃO ORIGINAL
Você não precisa ficar no óbvio na hora de buscar soluções para o seu quarto. Eu peguei bordado inglês, que é um item de armarinho, e usei para renovar a cabeceira. Saiu mais barato que mandar imprimir uma estampa de tricô em vinil numa gráfica (que era a minha ideia inicial) e deu a pegada de aconchego que eu queria.
Itens de armarinho podem dar cara nova aos móveis, uma xícara pode virar um vasinho de plantas, uma canga pode virar um enfeite de parede, o seu sapatinho de bebê pode ser emoldurado. Quando a gente treina o olhar para sair do óbvio, as possibilidades aumentam, e com isso, muitas vezes encontramos soluções mais viáveis que as tradicionais.
Para conferir o post de quando renovei a cabeceira, venha por aqui.
TENHA CARINHO PELO SEU QUARTO
Essa pode até parecer uma dica sem noção. Mas a verdade é que quando a gente tem carinho por alguém ou alguma coisa, a nossa tendência é dedicar um pouco mais de atenção àquilo. Então, quanto mais carinho você tiver pelo teto que te acolhe, terá mais cuidado na hora de buscar soluções para reformá-lo, estará disposto a fazer um esforço maior na hora de executar um projeto – eu por exemplo, levei 2 tardes reformando essa cabeceira.
Sim, tem livros empilhados debaixo da bancada. Mas isso é casa de gente de verdade, e é essa a realidade quando a gente separa livros pra vender/ doar. 🙂
Agora que tal me contar as mudanças que você já fez no seu quarto e me mostrar as fotos lá no Instagram com a #casadeamados ?